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Musicoterapia e o fenômeno sonoro

Atualizado: 25 de mai. de 2021



Podemos fazer uma reflexão sobre a importância do som na musicoterapia. Neste sentido, o foco em questão, nesse artigo, é o som como um fenômeno anterior ao raciocínio musical, utilizado nos processos musicoterapêuticos.

Basicamente, todo o som é movimento, pois desde a vibração oriunda de uma fonte sonora quando provocada, é fundamentado no movimento. Portanto, o movimento começa no ataque que faz vibrar um instrumento ou qualquer fonte sonora.

Contudo, esta vibração cria um deslocamento no ar, forma-se uma onda de energia e chega ao nosso ouvido, onde esta energia é decodificada e transformada em informação sonora, por meio do complexo processo auditivo.

Portanto, em todo o percurso do som, existe movimento e este movimento se configura em sua origem no ataque a fonte sonora e na sua chegada ao ato de codificação sonora e escuta.

Musicoterapia e Fenômeno acústico

Quando falamos somente da música não olhamos para o fenômeno acústico como um todo e sim focamos somente para o fenômeno musical, na sua constituição melódica, rítmica e harmônica.

Contudo, o fenômeno acústico separado e livre do estritamente musical, podem ser definidos como não-musicais e servir aos efeitos terapêuticos, tanto ou mais que o fenômeno musical propriamente dito.

Além disso, é preciso olhar para a música, quando a aplicamos de forma terapêutica, como arte e ciência ao mesmo tempo. Neste sentido, a arte e a ciência são dois elementos que correspondem a um processo evolutivo do ser humano.

Som, origem da música e natureza.

Primeiramente, quando por meio do tato, percebemos o pulso, como sendo o ritmo que produz o fluir do sangue pela artéria radial, estamos ao mesmo tempo percebendo um ritmo não audível.

Contudo, este ritmo captado pelo tato, tem potencialidade de ser imitado com os pés, palmas e voz. Neste sentido, não estamos fazendo música em sua essência, no entanto é algo de grande importância para a musicoterapia.

A imitação pode ser levantada na seguinte questão: como saber de que modo o homem descobriu o som musical? Se foi por imitação do canto dos pássaros, pelo fenômeno do eco, ou pelo soprar do vento.

Neste sentido, outros fatores perceptivos podem ter colaborado para a descoberta dos sons musicais, como os sons produzidos por tubos de cana, de vários comprimentos, ou da corda de seu arco de caçador, ou até mesmo tentativas de ouvir sua voz a grandes distâncias.

O fenômeno acústico antes da música

Segundo, Redfield, a música utiliza,oito fatores: Melodia, harmonia, ritmo, forma, tempo, dinâmica, timbre e cor. Mas os utiliza de uma forma particular, com a finalidade de que o produto seja belo.

Contudo, muito antes da criação do som musical, encontram-se infinitos fenômenos acústicos.de fundamental valor para a musicoterapia.

Portanto, esses fenômenos acústicos são os que permitem ao ser humano a oportunidade de redescobrir e reconhecer os fenômenos externos e recriá-los, transformando-os em linguagem musical.

Complexo Som-ser e Humano-som

Basicamente, os fenômenos acústicos, sonoros, vibratórios e de movimento surgem desde o preciso momento em que o óvulo se une ao espermatozóide para formar o princípio de um novo ser.

Além disso, existem infinitos processos que rodeiam esse ovo que se aninha ao útero, produzindo por meio de sua própria dinâmica, movimento, vibração e som.

Neste sentido, são exemplos desses elementos, o roçar das paredes uterinas, o fluxo sanguíneo das veias e artérias, ruídos intestinais, sons de murmúrio da voz da mãe, sons e movimentos de inspiração e de expiração.

Além destes sons, também se incluem, os movimentos mecânicos e de atrito, tanto viscerais, articulares, e musculares, de processos químicos e enzimáticos, assim como de muitos outros.

Conclusão

Basicamente, todos os fenômenos que acontecem na gestação e que influenciam intrinsecamente o indivíduo de forma holística, são incluídos dentro de um termo o de “complementos sonoros”.

Portanto, podemos chamar de complementos sonoros a todos os fenômenos acústicos e vibratórios que rodeiam o óvulo humano que logo será um feto. Portanto os fenômenos sonoros são de certa maneira, o resumo e a circunstância da própria vida desse embrião.

Outra conclusão que podemos tirar, é o fato que a musicoterapia utiliza estes complementos sonoros ligados ao indivíduo, e também utiliza os sons de uma maneira geral, sem ainda constituírem uma música.

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